O processo de imigração européia para o Brasil, especialmente a dos italianos para o sul do país durante o século XIX, foi fundamental para a colonização e desenvolvimento do Vale do Itajaí. Muitas cidades preservam até hoje todas as características italianas que lhe deram origem e lutam por manter vivas as tradições culturais herdadas dos primeiros imigrantes.
Com característica do povo italiano, os imigrantes trouxeram sua alegria, sua culinária, seu jeito expansivo de ser e a tradição da reunião entre famílias para rezar e festejar seus costumes, surgindo assim, a semente das festas típicas atuais. No mês de julho, buscando resgatar, preservar e divulgar as tradições culturais, gastronômicas e familiares dos seus antepassados, acontece as edições da Festitália.
Blumenau, cidade fundada por alemães, se rendeu à alegria contagiante desta buona gente.
Os italianos representam nada menos que 50% da população do Vale do Itajaí, com isso encontram nas festas italianas um estímulo para compartilhar sua cultura. Estas festas perpetuam uma tradição de mais de 125 anos, iniciada com a chegada dos primeiros imigrantes italianos ao vale. Nos moldes atuais, a Festitália é um festival gastronômico e cultural no qual as maiores atrações são os pratos típicos e as apresentações de grupos folclóricos, cantores e conjuntos musicais.
A Região
Importante centro têxtil e manufatureiro, o Vale do Itajaí em Santa Catarina apresenta um padrão de vida bem superior à média brasileira. Pólo exportador de peso, o dinamismo de um centro moderno, alta renda per capita e ínfimos índices de analfabetismo e violência. A agroindústria e o setor metal-mecânico também são bastante desenvolvidos.
A cultura européia, transmitida de geração em geração, é responsável pelo elevado nível de urbanidade. É destaque também o setor turístico identificado pelas belezas naturais, construções típicas, festas regionais e por seu povo alegre e trabalhador.
Hoje, o Vale do Itajaí está diretamente associado à qualidade de seu trabalho. Os turistas que se acomodam nos cerca de 10 mil leitos da rede hoteleira, além de pousadas e casas de famílias, aqui encontram um vasto leque de atrações, compras e lazer.
História do Macarrão
Itália ou China? Pérsia ou Palestina? Nem a história sabe ao certo a verdadeira nacionalidade do macarrão. A verdade é que a massa começou a ser preparada quando o homem descobriu que podia moer alguns cereais, misturar com água e obter uma pasta cozida ou assada. Onde e quando começou, ainda é mistério. Entretanto, muitos povos brigam pela invenção, que se tornou um dos pratos mais populares do mundo.
Textos de civilizações antigas revelam que os assírios e babilônios, por volta de 2.500 antes da era cristã, já conheciam uma pasta cozida à base de cereais e água, que pode ser considerada a avó do nosso macarrão.
A primeira referência ao macarrão cozido, e mais próxima ao Ocidente, está no Talmund de Jerusalém, o livro que traz as leis judaicas, do século V antes de Cristo. O “itryiah” dos antigos hebreus era uma espécie de massa achatada usada em cerimônias religiosas. Na antiga Roma, século VII antes de Cristo, comia-se uma papa de farinha cozida em água, chamada “pultes”. Com legumes e carne, era chamada de “puls púnica”. Com queijo fresco e mel, “puls Julia”. Porém na versão mais comum, o macarrão teria chegado ao ocidente pelas mãos de Marco Pólo, mercador veneziano que visitou a China no século XIII. Entretanto, na Itália, já em 1279, antes do retorno de Marco Pólo, foi registrada uma cesta de massas no inventário de bens de um soldado genovês. A palavra “macaronis”, usada no inventário, seria do verbo “maccari”, de um antigo dialeto da Sicília. Significa achatar, que por sua vez, vem do grego makar, que quer dizer sagrado.
Apesar das confusões, uma coisa é certa: a partir do século XIII, os italianos foram os maiores difusores (e consumidores) do macarrão por todo o mundo. Tanto é que inventam mais de 500 variedades de tipos e formatos.
O macarrão chegou ao Brasil no final do século XIX, trazido pelas primeiras famílias de imigrantes italianos. Cada brasileiro consome, e média 6 quilos de macarrão por ano, enquanto os italianos consomem 28 quilos/ano.
Curiosidades
- A palavra macarrão vem do grego “Makária”, caldo de carne enriquecido por pelotinhas de farinha de trigo e por cereais
- Spaghetti quer dizer barbante
- De acordo com pesquisa realizada pela revista italiana “Salute Naturale”, sete entre dez italianos, estão dispostos a se privar de tudo, menos do spaghetti. A pesquisa apresenta a opinião de 1.128 entrevistados, com idade entre 21 e 65 anos, na qual a maioria afirma que quem não come Spaghetti não faz amor e, talvez, esqueça até como se dá um beijo.
Dia Mundial do Macarrão
25 de Outubro: Esta data foi escolhida por fabricantes de macarrão de diversos países, após o I Congresso Mundial de Pasta (Roma 1998). Foi constatado que o consumo do produto vinha crescendo, em função de sua versatilidade, rapidez de preparo e valores nutricionais. Em vários países, associações de fabricantes de massas alimentícias planejam ações promocionais para comemorar a data deste 1998. No Brasil, a ABIMA organiza o Macarrão Gourmet Fashion em São Paulo.
Hábitos de Consumo
O macarrão é um prato popular de baixo custo e, principalmente, muito saboroso. Por muito tempo, o macarrão entra na alimentação do brasileiro como um hábito quinta-feira e na famosa macarronada de domingo. Além de ter se tornado tradicional, acaba por se tornar um prato obrigatório nas reuniões familiares.
Nutritivo em vários aspectos, como na combinação de alimentos, por exemplo, legumes e verduras, na qual se cria uma nova opção para melhorar o consumo de vegetais por crianças, já que o macarrão é sempre atrativo, a utilização do macarrão é sinônima de energia pura. Na dieta da preparação de atletas para competições, sempre há macarrão. Hoje, o macarrão não é visto somente como um prato gostoso, e sim como importante alimento.