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Prima Passegiata

21 de abril de 2024

O local escolhido para a primeira caminhada do Lira Circolo Italiano di Blumenau foi na localidade de Braço Paula Ramos, no município de Luiz Alves, com autênticas casas em estilo italiano, engenhos de cana de açúcar e atafona ainda em atividades para consumo próprio e muitas mais atrações.

Esta caminhada teve como objetivo conhecer algumas tradições culturais, seja nas construções, na gastronomia, na integração com os seus descendentes, como também de congregar as pessoas e renovar as amizades.

Paradas durante a Passegiata
1. Casa do Nonno Bigio e Bolinha - Clemente Signorelli e Maurina Tiedt Signorelli

A casa foi construída entre a década de 1930 e 1940. Não há uma data precisa de sua construção. A construção foi realizada pela família de Carlo Van Den Bylaardt, que era o avô de Maurina Tiedt Signorelli, a atual proprietária.

A casa foi construída com a base em pedras e elevada do chão. Essa elevação do chão é necessária para colocar assoalho de madeira (que permanece o mesmo até hoje). A parede é construída em tijolo maciço com aproximadamente 30 cm. Os tijolos eram assentados com areia e cal. O reboco também era feito desta forma, mas foi trocado na reforma. Para a construção da casa a areia utilizada era retirado do rio, com a pá e puxavam com carroça. Na época não tinha energia elétrica e tudo era feito de forma manual. Em 1972 foi instalada uma turbina para geração de energia, que alimentava lâmpadas de três casas. Só em 1982 chegou a energia elétrica.

Não se sabe a data em que a propriedade foi adquirida por Carlos Tiedt e Milda Bylaardt Tiedt (filha do proprietário), que são os pais da Maurina. Logo em seguida, os irmãos da Maurina, Afonso e Valdir, herdaram a casa para morar. Eles residiram lá por dois anos e venderam a propriedade para sua irmã Maurina, que já estava casada com Clemente Signorelli. Isso foi por volta de 1974.

Quando a família se mudou para lá, continuaram com o plantio de fumo, que já era realizado na propriedade dos pais de Maurina. Além disso, cultivavam vassouras e coletavam cipós para fazer cestos. Outra atividade desenvolvida era a criação de vacas de leite, para vender o leite para a companhia Jensen, de Blumenau.

Nos anos de 1993 ou 1994, foi construído um aviário em integração com a CEVAL. Cerca de 10 a 12 mil aves eram criadas em lotes de 45 dias. A criação das aves continuou até por volta de 2004, quando ocorreu um surto de gripe aviária em nível mundial, o que reduziu as exportações de aves e tornou a continuidade da atividade inviável.

As atividades de recreação desenvolvidas na época incluíam bocha, com uma cancha localizada na casa dos pais de Maurina, e diversas outras canchas na região, onde eram realizados torneios, além de jogos de cartas, principalmente cacheta. Para os mais jovens, havia o futebol, com traves montadas em cada pasto plano, onde muitas pessoas se reuniam nos finais de semana. Outra atividade muito praticada na época era a pesca nos rios e os banhos de cachoeira.


2. Engenho de Cana de Jaime e Milda - Dênis Jaime Tiedt e Marilda S. Tiedt

A tradição de fazer melado de cana está enraizada em nossa família há mais de 100 anos (a data exata não é conhecida) e teve início com Carlos Bylaardt, avô do atual proprietário. Posteriormente, a propriedade foi transferida para sua filha, Marilda S. Tiedt. Nos anos 2000, seu filho, Dênis Jaime Tiedt, assumiu as atividades e continua até os dias atuais com sua esposa Marilda S. Tiedt.

Até os anos de 1982 ou 1983, a moagem da cana era realizada com a ajuda de cavalos, mulas ou burros, os quais trabalhavam incansavelmente, caminhando em círculos para movimentar o engenho onde a cana era esmagada e o caldo extraído. Esse processo demorava cerca de 3 horas. Na época, os proprietários iniciavam a moagem de madrugada para ter o caldo pronto ao amanhecer, dando início ao processo de cozimento até chegar ao melado.

Com a chegada da energia elétrica em 1982, o engenho foi instalado aqui, pois antes estava em outro local. Nesta época o engenho foi reformado e adaptado para utilizar um motor elétrico, o que tornou o processo de moagem da cana mais rápido, reduzindo o tempo de 3 horas para 40 a 50 minutos. As peças do engenho original já foram substituídas ao longo dos anos devido ao desgaste natural.

O plantio e corte da cana eram realizados pela família do proprietário, bem como pelos vizinhos e moradores da região. Quando os vizinhos cortavam a cana, o processo era compartilhado e o pagamento geralmente consistia em uma parte da produção, negociada entre eles.

A melhor época para a produção de melado é entre julho e dezembro, durante a safra da cana, quando esta está madura e apresenta maior concentração de açúcar. Desde a moagem da cana até o melado ficar pronto, o processo todo demanda aproximadamente 8 horas.

Além do melado, uma pequena quantidade de cachaça também era produzida, açúcar mascavo, conhecido aqui como “açúcar escuro” e durante a época das tangerinas e carambolas, aproveitava-se a infraestrutura para fazer geleia das frutas.

A comercialização desses produtos era realizada em Blumenau, principalmente na Itoupava Central, onde eram vendidos de porta em porta. Inicialmente, a produção era transportada em carroças e muitos anos depois adquiriram um Fusca para facilitar o transporte do melado. Isso ocorreu na década de 70.

Nos dias atuais, a produção é comercializada aqui mesmo, sendo que os clientes reservam a quantidade que querem, para quando ocorrer a produção, puderem vir buscar o delicioso melado, que já é conhecido pela sua qualidade há muito tempo.


3. Casa do Tutti - Nelson Fontanive

No ano de 1883 deu-se a chegada de imigrantes italianos na localidade Braço Paula Ramos. Assim como tantos outros imigrantes, esses também ultrapassaram as barreiras das mais duras adversidades da época, apoiados na fé e com acentuado espírito de conquista da nova terra.

A construção da casa ocorreu por volta de 1900. Seu formato é original até os dias de hoje, com poucas alterações. Quem construiu foi o imigrante Franz Pommarolli, casado com Tereza Bohn. O referido imigrante partiu da região norte da Itália, próximo à Áustria. Um habilidoso e dedicado carpinteiro e marceneiro. Além de construir a casa, também fez todos os móveis. A maioria deles, preservado até os dias de hoje no interior da casa.

Neste local, nasceram 5 filhos do casal. São eles: Catarina, Clara (mãe do sr. Nelson), Carlos, Carolina e Clemente. Clara Pommarolli casou-se com Vicente Fontanive em 1927. Criaram sua família nesta casa. Vicente, também filho de imigrantes italianos, é o primeiro descendente nascido no Brasil, das famílias Fontanive e Luciani, imigrantes do norte da Itália, da região de Beluno.

A casa está assentada sobre pedras; a madeira utilizada para a construção veio da localidade São José, hoje pertencente a Massaranduba. A estrutura da casa foi elaborada utilizando-se a técnica de encaixe. O seu telhado original era de madeira, sendo substituído por cerâmica por volta de 1940. No ano de 1962 houve a instalação de mangueiras para o abastecimento através de água encanada, representando, na época, um significativo conforto para os habitantes da casa. A energia elétrica chegou em 1980.

O sr. Nelson vive neste endereço desde que nasceu, em 1940. Com sua esposa Iolanda Signorelli (falecida em 2006), tiveram 10 filhos. Dona Iolanda preservou a singularidade italiana promovendo aqui boas mesas de cafés, refeições fartas, conversas animadas com todos que aqui chegassem. Um acentuado zelo pela família, casa e gastronomia. Mantinha tudo muito bem organizado e asseado.

Em 2019 a “Casa Velha” (carinhosamente apelidada) passou por uma restauração mantendo as características originais.

Há muitas décadas e ainda hoje, continua sendo local de encontros com a família e amigos para brindar datas comemorativas e tantas outras ocasiões para celebrar a vida. Muita fartura com alimentos produzidos no local, em especial a polenta branca. Cultivamos um profundo sentimento de gratidão aos nossos antepassados, pela vida, pela cultura e pelo legado que nos transmitiram.


4. Casa famiglia Signorelli

Giovani Bapttista Signorelli e sua esposa Maria Gagni Signorelli, com os três filhos, Tereza de 5 anos, Giovanni de 3 anos e Ângela de 1 ano, moravam em Bergamo, na Itália. O dialeto falado na região era o Bergamasco. No dia 8 de agosto de 1891 partiram do porto de Gênova rumo ao Brasil, “Da L’Italia noi siamo partiti’’. (Partimos da Itália). Após 53 dias viajando em um navio a vapor, ‘’Nell’america siamo arivati’’ (chegamos a América). A família Signorelli desembarcou no Rio de Janeiro no dia 30 de setembro. A família então foi levada a Itajaí, em Santa Catarina, e em seguida encaminhada à localidade de Paula Ramos, onde formaram residência e tiveram mais seis filhos. Jacó, José, Fernando, Margin, Santo e Alexandre.

Santo e Alexandre permaneceram nas terras adquiridas por seus pais. Em 1932 Santo Signorelli se casou com Rosa Piccinini Signorelli. Tiveram 8 filhos, Veneranda, (faleceu ainda Bebê). No ano seguinte nasceu outra menina e colocaram novamente o nome de Veneranda, João Baptista, Olimpio, Iolanda, Cristina, Vendelino e Meletino. Viviam dos cultivos das lavouras, plantavam um pouco de tudo, cana para fazer o mel e o açúcar mascavo, aipim, onde produziam polvilho e farinha de mandioca. Na época o engenho era tocado por uma roda d’água. Em 1957 para poder melhorar a moenda, viram a necessidade de mudar o engenho de lugar, para poder instalar uma turbina, com isso mudaram alguns ranchos e parte da estrutura da casa, entretanto a parte principal, de pé até hoje, foi construída em 1921.

Ainda em 1957 instalaram também, um descascador de arroz e uma atafona, sistema para moer grãos. A família costumava descascar arroz e moer milho para a vizinhança, de outras localidades do município, e também para moradores das cidades vizinhas, como Massaranduba, Gaspar e Blumenau. João Baptista, filho de Santo, permaneceu nas terras da família, em maio de 1963 casou com Maria Burckhart Signorelli, tiveram quatro filhos, José Carlos, Vilson, Rubens e Sidinei.

O engenho funcionou até o início dos anos 80, A partir de então a produção de mel e açúcar passou apenas para o consumo da família. Com o passar dos anos, o engenho de cana de açúcar foi desativado, em seguida o descascador de arroz. A atafona funcionou até 2013, e assim se encontra até nos dias de hoje.


5. Capela de Santo Antoninho


6. Casa do doce – Joice Lazzaris e Eder Caglioni

Para reavivar os gostinhos da infância, mergulhamos fundo nas receitas das nossas queridas nonnas, vovós e omas. Assim como já era costume em nossa família, a produção dos docinhos começou de maneira simples, na nossa própria casa, onde os vendíamos para parentes e vizinhos lá em 2014. Hoje, ampliamos nossos horizontes e fornecemos para diversos estabelecimentos, especialmente em Luiz Alves, além de recebermos os clientes em nossa loja de fábrica, na própria Casa do Doce. E não se surpreenda se, ao nos visitar, além de saborear nossas delícias, você também desfrutar de uma boa conversa, onde compartilhamos as histórias por trás de cada doce, afinal, para nós, cada sabor carrega consigo memórias e tradições que adoramos compartilhar com nossos clientes.


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